Dupla quer difundir a modalidade em Florianópolis
Gorayeb (D) comanda os desportistas Foto: Julio Cavalheiro
Contornar a Ilha de Santa Catarina em pé, sobre uma prancha impulsionada a remo e com ajuda das correntes marinhas. Este é o plano do brasiliense Marco Antônio Gorayeb, 48 anos, e do catarinense Roger Souto Mayor, 40 anos, que pretendem difundir a modalidade na Capital e conhecer melhor a Ilha.
Ex-técnico de surfistas profissionais, Marco Antônio Gorayeb encontrou no stand up paddle (SUP) a fórmula para superar uma artrose no quadril e um câncer. Gorayeb morou 20 anos na Ilha e retornou para mostrar o que aprendeu no Lago Paranoá, em Brasília, onde começou a praticar o SUP.
A ideia da aventura, logo batizada de Odisseia, surgiu há cinco meses e teve a adesão do amigo Roger Souto Mayor, professor da escola Floripa Surf Club.
— A gente quer ter um outro ponto de vista da Ilha e apoiar a jornada de superação do Gorayeb — justifica Roger.
Com os pescadores, a dupla buscou informações como a direção das correntes marítimas na parte continental e a necessidade de usar o vento como aliado no lado leste, onde o mar aberto exige mais.
— Precisamos ter a condição certa para chegar até a ponta de Naufragados. Não podemos lutar contra o mar — conta Gorayeb, que arrisca marcar a aventura para esta quinta-feira, dia 28 de abril.
A dupla prevê remar até 40 quilômetros a cada seis horas, para percorrer em um dia os 125 quilômetros de percurso. A aventura ainda terá outros convidados como o brasiliense Rafael Maia, 25 anos.
O PERCURSO
Os aventureiros tem dois pontos de partida programados: a Praia do Forte, no Norte da Ilha, e a Praia de Naufragados, no Sul da Ilha.
O local de partida será definido de acordo com as condições do vento. Se soprar na direção Sul, a largada será na Praia de Naufragados, em direção a parte continental. Se o vento soprar na direção Nordeste, a largada será na Praia do Norte, pelo lado leste da Ilha.
Ao todo serão 125 quilômetros de remada para os aventureiros
FIQUE POR DENTRO
O Stand Up Paddle, também conhecido como SUP, é um esporte originário do Havaí
Para praticá-lo, o atleta precisa de um prancha específica (mais largas e resistentes do que as pranchas de surfe, e que custam R$ 2 mil em média) e um remo específico (leve)
A modalidade pode ser praticada em qualquer lagoa ou praia com águas calmas, para realizar passeios ou travessias de longa distância e surfar desde marolinhas até grandes ondas.
Cristiano Rigo Dalcin
cristiano.dalcin@diario.com.br